Lixo odontológico – saiba como descartar com responsabilidade!

Muitas são as preocupações dos profissionais de saúde bucal quando abrem seus próprios consultórios ou começam a trabalhar no de colegas e amigos. Entre os itens que mais chamam a atenção estão o cuidado com a preparação de um ambiente convidativo, uma sala altamente equipada para solucionar, até mesmo, os casos mais urgentes com rapidez e também o descarte do lixo odontológico.

Aqui no blog da Dentsply Sirona nós já abordamos alguns dos temas citados e, hoje, destacaremos como realizar o descarte do material usado em seu consultório e a importância de atingir esse objetivo adequadamente. Confira!

A Associação Paulista dos Cirurgiões Dentistas, assim como os profissionais que representam a categoria no Brasil, têm buscado cada dia mais a conscientização dos milhares de profissionais que se formam pelo País. A onda de sustentabilidade também é fator importante para a mudança que acontece quando o assunto é o lixo odontológico e o seu descarte.

Tanto que em 2004, a RDC – Resolução da Diretoria Colegiada, de número 306, da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) definiu como os resíduos do serviço de saúde (RSS) deveriam ser descartados. Isso porque até pouco tempo, seringas, fixadores e reveladores eram descartados no lixo comum, enviados para aterros sanitários e agentes importantes da contaminação do solo, dos lençóis freáticos e da degradação ambiental.

Para se ter uma ideia desse cenário, a CBMRJ realizou uma pesquisa que mostra como o lixo odontológico era descartado na última década. Dos profissionais ouvidos, apenas 43,5 não descartavam corretamente o material contaminados, assim como 35% não armazenavam corretamente os resíduos de amálgama. No entanto, a realidade muda drasticamente quando o assunto é o destino correto dos resíduos de amálgama e o descarte do revelador e fixador na rede de esgoto. No primeiro caso, mais de 78% dos profissionais da saúde bucal não destinam o lixo odontológico para o local certo e quase 70% ainda jogam reveladores e fixadores no vaso sanitário.

Para acabar de vez com esse cenário devastador para o meio ambiente — e também para o futuro das próximas gerações — é preciso ter um olhar mais atento a tudo o que entra e sai do seu consultório odontológico. Para isso, você pode seguir algumas dicas bem básicas:

Quem já trabalha há algum tempo na área da saúde bucal sabe que a logística é peça fundamental para o pleno funcionamento de seu consultório. Quando o tema é o lixo odontológico não poderia ser diferente.

Por isso, uma boa maneira de encontrar o descarte ideal é falando com os seus fornecedores de materiais. Nós sabemos que no Brasil ainda é muito difícil encontrar iniciativas municipais, estaduais e federais que prezem pela colheita adequada desses itens, mas os fornecedores precisam se adequar às resoluções ambientais e, em alguns casos, até mesmo recolhem esses descartes para dar-lhes o destino adequado.

Além disso, sempre que receber um material, é preciso identificá-lo, classificá-lo e entender qual descarte ele merece. Tudo deve ser levado em consideração nessa etapa, de sua separação ao momento do destino do lixo odontológico final.

Pode soar um pouco estranho falarmos de lixo odontológico e seu descarte. No entanto, esse passo é mais simples do que se imagina. A palavra de ordem aqui é entender. Afinal, nós sabemos que alguns elementos podem ser facilmente reaproveitados, seja porque são vendidos em embalagens maiores ou porque uma única cartela possui mais de um item.

Do lado oposto, há os materiais perigosos, que devem ser descartados assim que usados, como as seringas, luvas, máscaras e anestesias. Há também os materiais que podem ser reciclados, como papel, plástico e vidro. Nesses casos, o profissional deve dar ao lixo odontológico o fim mais ambientalmente correto possível, como a coleta seletiva. Na maior parte dos grandes centros urbanos já existem pontos de coleta e descarte de lixo reciclável, basta embalá-los separadamente e deixá-los no local adequado.

Os perfurocortantes, como os citados acima, os restos infectantes e os resíduos biológicos, químicos e radiológicos precisam ser descartados completamente.

Pode parecer complicado montar um plano de descarte, especialmente quando falamos do lixo odontológico. Quem começou agora a vida profissional pode seguir a mesma lógica que utiliza em casa. Por exemplo, você tem o dia certo para deixar o lixo para descarte, certo? O mesmo deve acontecer no seu consultório.

A única coisa que o diferencia do seu lixo doméstico é o fato dele possuir alguns itens de descarte biológicos e químicos. A dica é criar uma planilha simples, com os locais nos quais todos os itens (recicláveis e não-recicláveis) podem ser deixados, assim como os melhores dias para o descarte.

Outro ponto importante é a comunicação de sua equipe. Procure maneiras de ensinar todos os que trabalham em seu consultório a forma certa de descartarem o lixo. Busque cursos, certificações ou materiais ricos na internet e com os fabricantes que te auxiliem nessa etapa.

Agora que você já sabe como funciona a coleta de lixo odontológico e como ela pode te ajudar a melhorar a vida de toda a sociedade, nos conte nas redes sociais quais as suas dúvidas sobre esses descartes e ficaremos felizes em te ajudar.