3 Dicas Para Tratar Pacientes Cardiopatas na Odontologia

Ir ao dentista parece uma tarefa simples, mas para os pacientes cardiopatas é preciso uma série de cuidados antes do início de qualquer tratamento odontológico. Ter o conhecimento amplo da saúde do paciente é essencial, por isso o trabalho de anamnese é tão importante na área.

Antes de falarmos especificamente deste assunto, é preciso recordar que a boca é um local repleto de bactérias, que com a umidade e os tecidos rígidos como os dentes, acabam se acumulando. Quando essas bactérias entram na corrente sanguínea, por conta de algum aparelho odontológico ou manipulação, podem causar o que conhecemos como bacteremia transitória. O problema é que nos pacientes cardiopatas, elas podem ficar acumuladas no coração causando uma grave infecção, a endocardite infecciosa.

Para evitar este e outros problemas é preciso ter atenção a muitos detalhes e foi por esse motivo que decidimos criar um artigo sobre dicas para tratar pacientes cardiopatas na odontologia.

Como já falamos anteriormente, a anamnese é um passo fundamental para o atendimento odontológico, especialmente quando o paciente possui alguma cardiopatia. O ideal é então não apenas questionar a pessoa sobre os tratamentos realizados, medicamentos ministrados e cuidados que ela toma diariamente, mas também estar atento a sintomas que podem indicar algum problema.

Aumento no volume torácico, respiração ofegante, sudoreses excessiva e até mesmo a coloração dos lábios podem ser indicativos de algum problema cardíaco e podem te ajudar a orientar o paciente.

Essa atenção é necessária pois até mesmo a anestesia deve ser ministrada com maior cuidado em cardiopatas, já que algumas substâncias podem afetar o sistema nervoso e causar riscos ao seu paciente.

Todo procedimento oferece riscos de infecção. Para pacientes com problemas cardíacos essas complicações podem ser muito perigosas. Por esse motivo, os profissionais devem ter atenção a assepsia de seus instrumentos e também da região, além de prescrever a medicação certa para evitar que o paciente sofra alguma complicação.

Pode parecer até simplório listarmos essas dicas, mas a verdade é que a endocardite infecciosa pode também acontecer com o vigor da escovação. Para evitar que isso aconteça é preciso que você oriente bem o paciente do tipo de escova que ele deve usar: de cerdas macias e cabeça pequena, que escove os dentes de maneira mais “leve” e que troque a peça a cada três meses.

Além disso, é preciso também usar sempre o fio dental (que pode ser o mais fino para quem tem gengivas sensíveis) e também escolher a pasta de dentes certa para as suas necessidades. É preciso ainda realizar as orientações certas sobre a reposição de dentes com próteses caso seja necessária alguma extração, especialmente porque a mastigação é item importante na vida de todo o ser humano.

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